Israel ataca instalações nucleares e mata comandantes iranianos

Hossein Salami e dois cientistas nucleares estão entre as vítimas; Israel alega impedir desenvolvimento de bomba atômica


Israel ataca instalações nucleares e mata comandantes iranianos Reprodução Internet

Israel realizou um ataque aéreo contra instalações nucleares no Irã na noite de quinta-feira (12/6), resultando na morte de altas autoridades iranianas, incluindo o comandante-chefe da Guarda Revolucionária (IRGC), Hossein Salami. A operação, descrita pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu como "preventiva", teve como alvo diversas instalações nucleares em diferentes áreas do território iraniano, especialmente em Teerã, a capital do país.


Segundo informações divulgadas pela agência de notícias oficial iraniana (IRNA), além de Salami, também morreram no ataque o comandante sênior do IRGC, Gholamali Rashid, e os cientistas nucleares Fereydoun Abbasi e Mohammad-Mehdi Tehranchi. O bombardeio ocorreu durante a madrugada de sexta-feira (13/6) pelo horário local iraniano.


## JUSTIFICATIVA PREVENTIVA


Em pronunciamento oficial após o ataque, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu afirmou que a operação tinha como objetivo impedir que o Irã desenvolvesse armas nucleares em um futuro próximo. "O ataque foi preventivo, pois visava impedir que o Irã desenvolvesse em poucos meses ou dentro de um ano a bomba atômica", declarou Netanyahu.


O líder israelense fez uma alegação específica sobre o programa nuclear iraniano, afirmando que o país teria enriquecido urânio suficiente para a produção de nove ogivas nucleares. Esta declaração representa uma das acusações mais diretas feitas por Israel sobre o estágio avançado do programa nuclear do Irã, país que historicamente nega buscar armas nucleares.


As Forças de Defesa de Israel (FDI) divulgaram um comunicado confirmando que o ataque visava especificamente instalações nucleares em diferentes regiões do Irã. "Em pouco tempo, dezenas de jatos concluíram a primeira etapa [do ataque], que incluiu ataques a dezenas de alvos militares, incluindo alvos nucleares em diferentes áreas do Irã", informou trecho do comunicado militar.


## OPERAÇÃO SEM PRAZO DEFINIDO


Netanyahu deixou claro que a operação militar não tem um cronograma definido para terminar, sinalizando a possibilidade de novos ataques. "Esta operação continuará por tantos dias quanto forem necessários para remover esta ameaça", afirmou o primeiro-ministro israelense, em declaração que aumenta significativamente as tensões na região.


Até o momento, não há informações oficiais sobre o número total de mortos e feridos no ataque promovido por Israel. As autoridades iranianas ainda estão avaliando a extensão dos danos às instalações nucleares e militares atingidas pelos bombardeios.


O ataque representa uma escalada significativa nas tensões entre Israel e Irã, países que mantêm uma relação de antagonismo histórico. A morte do comandante-chefe da Guarda Revolucionária, considerada a força militar de elite do Irã, é particularmente impactante para a estrutura de poder iraniana.


## REPERCUSSÃO INTERNACIONAL


A comunidade internacional acompanha com preocupação o desenrolar dos acontecimentos, temendo uma retaliação iraniana que poderia desencadear um conflito de maiores proporções no Oriente Médio. Diversos países já pediram contenção de ambas as partes e alertaram para os riscos de uma guerra aberta na região.


Analistas militares apontam que o ataque israelense foi meticulosamente planejado para atingir simultaneamente múltiplos alvos estratégicos, demonstrando capacidade de penetrar as defesas aéreas iranianas. A operação também evidencia a determinação de Israel em impedir o avanço do programa nuclear iraniano, mesmo que isso signifique assumir riscos de retaliação.


A morte de cientistas nucleares iranianos não é inédita. Nos últimos anos, diversos especialistas ligados ao programa nuclear do país foram assassinados em operações atribuídas a Israel, embora o governo israelense raramente confirme ou negue envolvimento direto nessas ações.


O ataque ocorre em um momento de crescente isolamento internacional do Irã e de fortalecimento das alianças regionais de Israel, fatores que podem influenciar a capacidade e disposição iraniana de responder militarmente à ofensiva israelense.





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