Idoso é Preso Após Ameaçar Esposa de Morte em Nova Odessa

A violência doméstica entre idosos deixa de ser tabu e entra no centro do debate: até onde vai o silêncio dentro de casa?


Idoso é Preso Após Ameaçar Esposa de Morte em Nova Odessa

Nova Odessa – A tranquilidade da vizinhança foi quebrada por algo que não fez barulho nas ruas, mas explodiu dentro de casa. Um homem de 71 anos foi preso após ameaçar a própria esposa de morte, em um caso que reacende o alerta sobre a violência doméstica entre idosos – uma realidade muitas vezes ignorada, abafada pelo tempo de convivência e pela vergonha.

O caso ocorreu dentro da residência do casal, em um bairro residencial de Nova Odessa. Segundo relatos, o idoso proferiu ameaças explícitas contra a vida da companheira. A mulher, temendo pela própria segurança, conseguiu pedir ajuda. Quando a polícia chegou, encontrou mais do que palavras: havia uma arma de fogo irregular dentro da casa.

A prisão foi feita em flagrante. O idoso foi autuado por ameaça, injúria, posse ilegal de arma e violência doméstica. A vítima, embora abalada, não sofreu ferimentos físicos — mas, segundo a polícia, apresentava sinais de abalo emocional extremo.

“Esses casos são mais comuns do que se imagina, mas permanecem invisíveis por muito tempo”, afirma um investigador envolvido na ocorrência. “Há medo de denunciar, sentimento de culpa, dependência financeira e emocional. É um ciclo difícil de romper, especialmente quando envolve casais da terceira idade.”

A arma apreendida, segundo os policiais, estava escondida em um armário do quarto, carregada. A mulher contou que nunca havia visto o armamento antes, mas suspeitava que o marido a guardava há anos sem seu conhecimento.

O homem permanece detido e deve responder por múltiplos crimes. O caso segue em investigação, e a Delegacia de Defesa da Mulher acompanha a vítima, oferecendo acolhimento psicológico e medidas protetivas.

O episódio escancara uma ferida invisível: o número crescente de casos de violência doméstica entre idosos — especialmente em relações de décadas, onde o amor vira controle, e o silêncio se torna prisão.








Num país que envelhece rapidamente, discutir esse tipo de agressão se torna urgente. Porque não importa a idade do agressor — a justiça, quando chega, precisa ser atemporal.




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