A Federação Paulista de Futebol (FPF) interditou a Arena Barueri para jogos organizados pela entidade, alegando reformas e impossibilidade de realização de partidas com público. A portaria, assinada pela Diretora de Segurança, Infraestrutura e VAR da FPF, Marina Tranchitella, foi publicada na noite de terça-feira, 20 de maio.

Nos bastidores, a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, interpreta a medida como retaliação política, após declarar apoio a Samir Xaud na eleição para a presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), em detrimento de Reinaldo Carneiro Bastos, atual presidente da FPF. Xaud conseguiu apoio de 25 federações e dez clubes, inviabilizando a candidatura de Reinaldo.

A Arena Barueri, sob gestão de uma das empresas de Leila desde o ano passado, recebeu investimentos superiores a R$ 50 milhões em reformas. O estádio tem sido utilizado pelo Palmeiras quando o Allianz Parque está indisponível, incluindo partidas do Campeonato Brasileiro contra São Paulo e Corinthians.

A interdição afeta principalmente o time feminino do Palmeiras, que disputa o Paulistão de 2025, e as categorias de base. A decisão não interfere em competições organizadas pela CBF ou Conmebol.

O departamento jurídico do Palmeiras estuda recorrer ao Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) para reverter a proibição.